DEFINIÇÃO DE AFRICANIDADE!

A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana.

CARTA DE REPÚDIO AO DCE!

O Coletivo Pró-Cotas vem, por meio desta carta, esclarecer alguns pontos relacionados à pintura do muro do espaço do DCE

COTAS SIM!

Tratar os desiguais de forma igual, nesse sentido, pode gerar injustiças sociais. Numa sociedade que até mesmo dentre as escolas públicas há desigualdades...

O lado cruel do preconceito!

"A gente não deve esmorecer, deve ter persistência, porque na verdade a felicidade do negro é uma felicidade guerreira".

31 de janeiro de 2011

Não ao aumento dos salários dos parlamentares!





Não ao aumento dos salários dos parlamentares!
No dia 1º de fevereiro, vamos todos protestar!

Ato às 13h na frente da Assembleia Legislativa do Paraná!

O PSTU do Paraná estará protocolando uma Ação Popular contra o aumento dos deputados estaduais!

EM MARINGÁ, O ATO SERÁ ÀS 17h40, com panfletagem e agitação no Terminal Urbano de Maringá-Sarandi!

Twitaço às 13h, tag #naoaoaumentodosdeputados

No dia 15 de dezembro, os deputados e senadores aumentaram seus próprios salários em 62%. Eles também reajustaram 134% o salário da presidente Dilma Rousseff e em 149% o dos ministros. Todos agora vão receber R$ 26.723,13. Enquanto isso, o salário mínimo deve atingir apenas R$545.

No Paraná o aumento refletirá na Assembleia Legislativa pois segundo a lei nº 15433/2007 os deputados estaduais são autorizados a receber 75% do salário dos federais, passando de R$ 12.384 para R$ 20,00 mil. O aumento também ocorrerá nas Câmaras Municipais em que vereadores recebem 75% do salário dos deputados estaduais.

O efeito cascata gera um déficit de bilhões aos cofres públicos enquanto que, os mesmos que tiveram o aumento alegam ser impossível um aumento maior para o salário mínimo. O reajuste automático só não existe para a classe trabalhadora!

Além deste aumento absurdo, ex-governadores recebem aposentadorias vitalícias nenhum pouco nenos gordas que seus salários, com poucos anos de “trabalho”, ou mesmos dias, o que se configura como inconstitucional. Na lista Orlando Pessuti, que governou o estado alguns meses após saída de Requião para se candidatar ao senado e Álvaro Dias , que diz ter doado a super aposentadoria para instituições beneficentes, o problema é que o recibo apresentado por ele, da suposta doação, é datado em 30 de novembro de 2011, ou seja, daqui a 10 meses!

Por tudo isso e muito mais, temos motivos de sobra para protestarmos e dizermos que não concordamos com estes absurdos!!!

Neste dia 1º de fevereiro, dia da posse dos deputados, estaremos realizando uma manifestação na frente da Assembléia Legislativa do Paraná a partir das 13h. 

  • Não ao aumento dos deputados e aposentadorias vitalícias para ex-governadores!
  • Queremos um aumento de 62% para o salário mínimo!!!
  • Para quem não puder estar presente, chamamos todos a fazerem um protesto virtual participando de um Twitaço às 13h, tag #naoaoaumentodosdeputados

O lado cruel do preconceito!

Frase deixada por "estudantes" na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Ao me deparar com essa imagem me lembrei das palavras da Mãe Yá Mukumbi* que diz: " [...] quando passo pela Universidade e me deparo com um panfleto contrário ao sistema de cotas, agradeço aos estudantes que se posicionaram dessa maneira, porque isso induz a não desistir nunca da luta a favor do negro. Saber da existência de muitos brancos contrários e que se opõem aos nossos passos de conquista fornece-me uma maior motivação." (OLIVEIRA, Vilma Santos de, p.139, 2007).**


Isso apenas confirma que estamos longe de um país sem preconceito, e que a "democracia racial" é apenas um mito...e que quando levamos essas discussões para as salas de aulas - ensino fundamental, médio e dentro da academia - encontramos uma enorme resistência. O que mais me surpreendeu foi o descaso dos estudantes dentro da academia em fomentar discussões raciais, principalmente alunos das áreas humanas que passam 4 anos falando em questões sociais, culturais e políticas ... e quando tira-se uma matéria para entendermos/compreendermos sobre a verdadeira história do negro, para discutirmos sobre sua realidade, acabamos ouvindo que a matéria é "chata" que só se fala nesse assunto que todos já sabem. Se já sabemos que o preconceito existe porque ainda praticamos? e porque é tão difícil  falarmos sobre a questão racial?


Termino esse post com as palavras de Zulu Araújo - Presidente da Fundação Cultural Palmares - que cita um   poeta "A gente não deve esmorecer, deve ter persistência, porque na verdade a felicidade do negro é uma felicidade guerreira".**

*Dona Vilma Santos de Oliveira, presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Londrina.
** Referência Bibliográfica: O negro na universidade : o direito a inclusão / Jairo Queiroz Pacheco, Maria Nilza da Silva (orgs.) – Brasília, DF : Fundação Cultural Palmares, 2007.160 p.

Poema: Trincheira, do Cuti


Poema Trincheira, do Cuti


Falaram tanto que nosso cabelo era ruim

que a maioria acreditou e pôs fim

(raspouqueimoualisoufrisoutrançourelaxou...)

ainda bem que as raízes continuam intactas

e há maravilhosos pêlos crespos

conscientes

no quilombo das regiões

íntimas

de cada um de nós.

Os indivíduos são "livres" para propósitos econômicos e são controlados para propósitos sociais, culturais e políticos!

Carta ao presidente da ACIL - Londrina/PR.

Causa espécie a entrevista do presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Nivaldo Benvenho, dada à Rádio Paiquerê AM, sobre o feriado de 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
Em ostensivo tom de indignação, o dirigente da ACIL exorta a todos os “lobistas” que fizeram campanha em prol da aprovação do feriado a arregaçarem as mangas e mostrarem serviço, pois o dia 20 não pode passar “em branco”; os eventos, na concepção de Nivaldo, devem contrapesar os “prejuízos que causará ao comércio local”: “Espero que as pessoas que organizaram o feriado, que fizeram o lobby, que fizeram pressão pela aprovação da lei façam atividade que justifiquem o feriado e que não seja simplesmente um dia para as pessoas ficarem em casa ou irem para suas chácaras ou sumirem da cidade sem nem saber porque estão de folga", afirmou Benvenho à Rádio. "Cabe ao movimento da Consciência Negra fazer valer esse dia promovendo eventos que envolvam toda a cidade", arrematou o presidente da ACIL.
A essa injunção, nada amistosa, do senhor Nivaldo, cabem, a título de esclarecimento, duas importantes ressalvas:
1) por ser o primeiro feriado do estado do Paraná e pela magnitude do papel e significado do Quilombo de Palmares para a história do Brasil, foi estabelecida, neste ano de 2010, uma programação de largo espectro para celebrar a passagem do 20 de novembro na cidade. Em um ato de reconhecimento dessa conquista, instituições públicas, setores expressivos da sociedade civil, ativistas do movimento negro e de mulheres, professores, estudantes da Universidade Estadual de Londrina, educadores sociais, autoridades religiosas, deram início deste setembro a um conjunto de atividades de caráter celebrativo/festivo(shows culturais, exposições de arte, mostra de cinema em todas as regiões da cidade [lembramos que a abertura da mostra contou com a presença do cineasta Jeferson De, premiado como melhor diretor no Festival de Gramado]) e formativo (palestras, mesas-redondas, discussão sobre a importância das políticas de cotas na UEL, oficinas e palestras em escolas públicas, colóquio internacional com o sacerdote e porta-voz do rei do Benin, Noudelede Bernard  Adijboudoun, conferência com a procuradora federal da República, Dora Bertúlio, a ser realizada no dia 19 de novembro). Todas essas ações contaram com a presença de diversos setores da sociedade, tais como o NEAA (Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos), o projeto Leafro (Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros) do departamento de Ciências Humanas, o Coletivo Pró-Cotas (formado por estudantes), todos ligados à UEL,  a Gestão de Promoção da Igualdade Racial (GPIR), o Conselho de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR), a APP Sindicato, a Associação de Ogãs e outros voluntários.
A realização desses eventos não é motivada pela relação custo/benefício, com vistas a compensar o prejuízo que o comércio irá sofrer, mas pela urgência política e imperativo ético de assinalar o heroísmo de um líder que não lutou apenas pela emancipação e liberdade da população negra, mas que almejou consolidar a construção de um país assentado nos ideais de democracia e igualdade. É válido notar que a consagração do Dia da Consciência Negra é um exercício de reconhecimento de importantes fatias da nossa história que foram soterradas pela história oficial.
Portanto, ao aderir ao feriado, junto com mais de 350 cidades brasileiras (a exemplo de São Paulo, Porto Alegre, Salvador), Londrina alcança maior estatura, mostra que desenvolvimento não está apenas relacionado a avanços econômicos, mas significa, acima de tudo, a salvaguarda do patrimônio político e cultural que lhe confere dinamismo. A instituição do feriado do Dia Nacional da Consciência Negra realoca, em justiça e dignidade, todos os herdeiros de Zumbi, espalhados nas parcelas significativas da população Londrina.
Lamentamos profundamente o desconhecimento do presidente da ACIl em relação aos eventos acima referidos, já que foram e estão sendo ampla e exaustivamente divulgados na imprensa local, ganharam destaque nos principais jornais da cidade, tiveram repercussão importante no município. Lamentamos, ainda, o fato de a ACIL não protagonizar nenhum evento destinado ao Dia da Consciência Negra, nenhuma homenagem desencadeada por essa importante instituição surgiu no horizonte do possível. Nenhum cartaz, outdoor ou congênere, subscrito pelos lojistas, foi erguido na paisagem da cidade;
2) Embora o 20 de novembro esteja diretamente associado à intervenção política, nada impede que os munícipes façam desse dia o que querem e bem entendem. A decisão pelo feriado, antes de convocar as pessoas para a discussão política, presta reverência ao Quilombo de Palmares e a suas principais lideranças. Afinal de contas, não é assim, com interrupção de um dia de trabalho, que nossos heróis nacionais e acontecimentos de relevância histórica são rememorados em nosso país? Não representa os feriados uma ação simbólica que evoca o legado daqueles que merecem ser lembrados/honrados/homenageados/festejados?
À guisa de lembrança, um sem número de feriados povoa o nosso calendário. Excetuando algumas datas religiosas, que mobilizam milhares de devotos(as) para as romarias e procissões, a maioria deles não congrega as pessoas em eventos públicos. Poderíamos, assim, puxar pela memória: quais as intervenções políticas populares realizadas nos feriados do 21 de abril,  15 de novembro, 7 de setembro, entre outras datas? Por que para o feriado do dia 20 se impõe a obrigatoriedade de ser “fazer alguma coisa para compensar o prejuízo”?
Apesar das inúmeras possibilidades que um feriado proporciona para as pessoas, reforçamos, senhor Nivaldo, que certamente o Dia Nacional da Consciência Negra não está passando “em branco”; todas as atividades até agora empreendidas tiveram significativa repercussão para Londrina  repensar-se enquanto município que tem o compromisso de promover a igualdade racial. Inspiramo-nos em Zumbi dos Palmares para levar adiante essa luta que é de todos.
Contamos com o seu inestimável apoio e da ACIL, da qual o senhor é representante, para que consigamos, efetivamente, fazer do município um espaço em que a equidade, a diversidade e o respeito a todas as culturas sejam expedientes indispensáveis para convivência plural.
Viva Zumbi e parabéns a Londrina, que avança, com a instituição do feriado do Dia Nacional da Consciência Negra, mais um passo no reconhecimento de sua própria história!

Profa. Dra. Rosane da Silva Borges
Coordenadora do NEAA/UEL



30 de janeiro de 2011

VÍDEO: Discriminação racial em porta giratória de banco !

          Esse manifesto foi criado pelo Núcleo Audiovisual do Circo Voador/RJ que filmou dois jovens - com fenótipos diferentes - entrando em um mesmo banco, carregando dentro das suas bolsas os mesmos objetos, porém, em momentos diferentes. Com esse vídeo  podemos dizer que o método de segurança utilizado pelas agências bancárias tem como instrumento o "pré-julgamento" dos seguranças que muitas vezes são negros e acabam barrando - pois são eles que possuem o controle dessas portas giratórias-  outros negros. Mas não podemos pensar que esses seguranças negros tem culpa, pois a culpa são dos patrões, dessa elite que faz uma "lavagem cerebral" em seus funcionários e na sociedade. O preconceito é uma questão histórica e cultural que sempre colocou o negro como "marginal" e "delinqüente", é por isso que devemos combater a discriminação, é nosso dever ... ou melhor é nossa dívida para com os negros!!!

          Utilizando esse material a SEPPIR - Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - resolveu encaminhar esse vídeo para os 27 sindicatos dos Bancários do Brasil para mostrar que no Brasil existe preconceito SIM, e esse preconceito tem cor !! Como resposta, a Contraf-CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - está exigindo medidas dos bancos para que acabe com esse sistema de discriminação, e que garanta a igualdade de acesso para TODOS os cidadãos.
          O preconceito está a todo momento do nosso lado, é nosso dever denunciar e fazer valer a igualdade que está garantido em nossa Constituição !!!


Segue abaixo o vídeo, e divulgue:



29 de janeiro de 2011

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL.

Para conhecimento:

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO 
PROJETO DE LEI Nº 6264, DE 2005, DO SENADO FEDERAL, QUE 
"INSTITUI O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL”. (ESTATUTO DA 
IGUALDADE RACIAL)  





TÍTULO  I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 

Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, 
destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de 
oportunidades, a defesa dos direitos étnico-raciais individuais, coletivos e difusos e 
o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnico-racial. 



28 de janeiro de 2011

ÁFRICA DO SUL: PARE O "ESTUPRO CORRETIVO"

Pessoal entre no endereço abaixo para assinar a petição contra o "ESTUPRO CORRETIVO":

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl


O "estupro corretivo", uma prática horrenda de estuprar lésbicas para "curar" a sua sexualidade, se tornou uma crise na África do Sul. 

Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada e estuprada repetidamente durante um ataque no ano passado. Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140.000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional. 

Se muitos de nós aderirem, conseguiremos amplificar esta campanha, ajudando a conquistar ações governamentais urgentes para acabar com o "estupro corretivo". Vamos exigir que o Presidente Zuma e o Ministro da Justiça condenem publicamente o "estupro corretivo", criminalizem crimes de preconceito e liderem uma guinada crucial contra o estupro e homofobia no país.




ATAS: Fórum da Juventude Negra ( I e II )

Fórum da Juventude Negra - ATA I
Londrina, 15/01/2011
Inicio: 11 h

Local: Casa dos Conselhos Municipais de Londrina
Rua Argentina n 550 Vila Brasil

Presentes: Thaiza, Ester, Patrícia, Paulo Cézar, Pollyana, Danieli

Reunião (ata)

Pauta: Recapitalização dos temas da reunião anterior, leitura do estatuto do Fojune com focos nos seguintes temas: Cultura, Segurança, Educação, Empoderamento, Religião, Trabalho.

·         Explanação sobre o Fórum para os presentes;
·         Leitura da ata da última reunião;
·         Necessidade de fortalecimento do movimento;
·         Formar multiplicadores;
·         Grupo de estudos;
·         Encontro Estadual do Fórum Paranaense da Juventude Negra: reunião de planejamento na próxima semana (pensar panfletagem, sensibilização através de atividades artísticas, apoio municipal);
·         Definir os eixos de trabalho?
·         O grupo todo atua nos eixos escolhidos;
·         Grupo de estudos: por temas, com ações posteriores na comunidade;
·         Grupo de discussão virtual (e-mails);
·         Articulação com demais grupos e parcerias com lideranças comunitárias;
·         Proposição para o Encontro Estadual do Fórum Paranaense da Juventude Negra:: levar profissionais liberais negros para discutir temas pertinentes à profissão;
·         Leitura do e-mail recebido da Márcia (Curitiba);
·         Levantamento dos pontos fortes para defesa de Curitiba para o II ENJUNE.
·         Discussão sobre reativação do Conselho da Juventude  (CONJUVE);
·         Necessidade de fortalecer o fórum;
·         Leitura e discussão de informações sobre população negra de londrina e sobre dados acerca das diferenças de índices educacionais entre estudantes negros e brancos;
·         Pensar participação sobre cotas para negros para UEL;

Encaminhamentos:
·         Encontro Estadual do Fórum Paranaense da Juventude Negra:: reunião de planejamento na próxima semana (pensar panfletagem, sensibilização através de atividades artísticas, apoio municipal): 21/01/2011. Horário: 19hrs.
·         Definir local: APP? (Thaíza vai entrar em contato com Edmundo); FTO? Vila Cultural Brasil (Associação de Ogans)? Vila Cultural Berimbau da Cidadania? Casa da Dani?
·         Discussão do filme Besouro após reunião de planejamento;
·         Cada um assiste durante a semana e pensa ações na comunidade (possibilidades de oficinas de religião e capoeira; brincadeiras);
  • Criação de um grupo email – google ou yahoo (Danieli)
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Fórum da Juventude Negra - ATA II
Londrina, 21/01/2011
Inicio: 19 h

Local: Associação de Ogans
Rua Uruguai esquina com Venezuela Vila Brasil

Presentes: Thaiza, Ester, Paulo Cézar, Danieli

Reunião (ata)

  • Planejamento Estratégico do evento (II Encontro Estadual do Fórum Nacional da Juventude Negra e Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra)
  • Cronograma, orçamento e distribuição de funções para a realização do evento
  • Fazer o projeto para o evento e para o cine pipoca
  • Prováveis locais para o cine pipoca e publico a ser alcançado
  • Contatar a Cufa e movimentos hip hop
  • Palestra de saúde com médico (a) negro
  • Palestra com profissionais negros de diversas áreas do conhecimento (orientação profissional)
  • Pensar idéias de ações e lugares para tal
  • Como alcançar os jovens negros da classe média, trazer para discussões, aumentar identidade racial (torcida do Corinthians jovem 60% negros)

Encaminhamentos:

  • Fazer Projeto do evento e projeto de divulgação do cine pipoca e oficio (Thaiza e Dani) ate dia 29-01
  • Descrever solicitação de local e alimentação (orçamento) para a casa dos conselhos (Ester) ate dia 29-01
  • Mandar para o grupo e para Curitiba o projeto ate dia 29-01 para possíveis alterações
  • Criar grupo de emails (Dani)
  • Ver hino da África (Faxinal) (Thaiza)

II Encontro Estadual do Fórum Nacional da Juventude Negra E Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra









II Encontro Estadual do Fórum Nacional da Juventude Negra
E
 Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra

 Paraná - 2011





 II Encontro Estadual do Fórum Nacional da Juventude Negra
e I Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra

 Paraná – 2011

“Em nome desse racismo maldito, somos relegados à segundo plano na sociedade. Por isso, nossa luta deve ser solidária, tolerante e aberta à todos os que combatem a discriminação e o racismo. Invariavelmente, encontramos companheiros brancos e negros nessa mesma batalha. Nós não queremos construir uma sociedade de negros contra brancos, ou vice-versa, mas sim de todos.” [Abdias do Nascimento, 1998]

Histórico

O Fórum Paranaense de Juventude Negra é uma organização composta por jovens negros(as) do estado criada em dezembro de 2008. A efetivação de um Fórum Paranaense de Juventude Negra foi previsto pelo I Encontro Paranaense de Juventude Negra - ENJUNE/PR, que aconteceu nos dias 13 e 14 de julho de 2007, no Colégio Estadual Paulo Leminski, e reuniu mais de 115 jovens de Curitiba, Região Metropolitana e Interior do estado. E no I Encontro Nacional de Juventude Negra – ENJUNE que aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de julho na cidade de Lauro de Freitas, na Bahia, os estados participantes ficaram responsáveis por efetivá-lo.  A iniciativa visa manter uma articulação permanente entre os jovens negros (as), garantindo a autonomia das articulações estaduais com iniciativas regionais.

Apresentação
A juventude negra do Brasil se define a partir de suas inúmeras especificidades, considerando-se as diferenças e desigualdades sociais, no que diz respeito à escolaridade, renda familiar, lazer, gênero, saúde e diversos outros fatores. 
Os jovens negros (as) chegam a 16 milhões de pessoas, considerando-se um percentual de 47% de negros (as) na juventude brasileira. Quando observamos os dados referentes às condições de vida da juventude negra, constatamos a emergência de ações focais para esse seguimento. Fatores como a escalada da violência, o desemprego, a falta de sintonia entre o sistema educacional brasileiro, a cultura e a história da população negra caracterizam-se nos dias de hoje como grandes desafios a serem superados. Desta forma fica evidente que o abismo social que separam negros (as) de brancos (as), nos diversos espaços sociais, são resultantes não somente do processo de escravismo e da discriminação ocorrida no passado, mas também de um processo ativo de preconceitos e estereótipos raciais que legitimam, cotidianamente, procedimentos discriminatórios.
Os (as) jovens negros (as), através de suas manifestações nos setores político, cultural e social, têm alcançado espaços de representação nos diversos segmentos da sociedade brasileira, apresentando-se como atores e atrizes capazes de estabelecer diálogos, oportunidades, conquistas e propostas políticas.
Com o objetivo de ampliar o diálogo sobre esta problemática, a juventude negra do país se reúne e prepara-se para a construção do II Encontro Nacional de Juventude Negra – ENJUNE, uma mobilização nacional de jovens negros e negras de vários estados do país. Para a construção e organização do Encontro Nacional, serão realizados encontros estaduais no intuito de articular as necessidades locais da juventude negra. Tais espaços de discussão se consolidam como ferramentas reivindicatórias e de intervenção efetiva rumo à construção de novas perspectivas de atuação na militância étnico/racial.
A organização destes encontros possui um perfil afrocentrado e suprapartidário. Sua construção se dá de forma coletiva, contemplando as diversas juventudes e as particularidades de cada região, apontando para uma organização heterogênea, mas que mantém sua autonomia enquanto juventude negra. 
A juventude negra organizada, fruto da ação histórica do movimento negro e já parte deste, vem construindo suas alternativas na luta anti-racista e pela promoção da igualdade étnico/racial de oportunidades. A cultura hip hop, os grupos culturais, a capoeira, as manifestações regionais, os coletivos de estudantes, entre outros grupos organizados, atuam como um amplo movimento que, mostrando capacidade de organização, tem mobilizado os (as) jovens negros e negras denunciando o racismo, a discriminação, a violência e a falta de oportunidades impostas pela sociedade a esta juventude. Neste sentido, a interação entre estes movimentos através destes encontros dará uma contribuição ímpar à luta do povo negro. 
No Paraná, está sendo organizado o II Encontro Estadual do Fórum da Juventude Negra e o I Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra, a ser realizado na cidade de Londrina, objetivando a articulação e o empoderamento da juventude negra do estado.

Justificativa

A juventude negra vem construindo suas alternativas na luta anti-racista e pela promoção da igualdade étnico/racial de oportunidades. Atuando como um amplo movimento vem mostrando ampla capacidade de organização e mobilização, denunciando o racismo, a discriminação, a violência e a falta de oportunidades impostas pela sociedade. Dentre estas alternativas, o ENJUNE se destaca por apontar para uma organização heterogênea, mas que mantenha sua autonomia enquanto juventude negra, focando uma perspectiva na luta por seus direitos. A opção pelo perfil afrocentrado, suprapartidário e sem vínculos religiosos, privilegia a construção coletiva e contempla os diferentes perfis de juventude e as particularidades de cada região. Esta “nova perspectiva” significa uma abordagem contemporânea à sociedade, mas que se alicerça na luta secular do movimento negro.
As demandas da juventude negra deste país são muitas e só conseguimos saná-las através da pressão exercida contra o estado e a sociedade, em espaços efetivos de luta e diálogo. O ENJUNE, nesse caso, se constitui como um importante espaço de interlocução e intervenção, diante das questões, demandas e perspectivas da juventude negra brasileira, construindo assim novas perspectivas na militância étnico-racial. 
Os objetivos apontados pelo ENJUNE traduzem além da responsabilidade com as questões étnico/racial e de juventude, a compreensão que a juventude negra tem do contexto político-social em que vive, pois coloca como proposta central, a promoção de intercâmbio entre os grupos, coletivos, organizações e atuantes da juventude negra e a socialização de experiências e ações da juventude negra entre os participantes.

Objetivos

Objetivo Geral: Articular grupos, coletivos, organizações e atuantes da juventude negra para socialização de experiências e ações entre os participantes através das atividades propostas no encontro.

Objetivos Específicos: - criação de uma rede de comunicação para juventude negra, que reúne e distribui informações sobre essa juventude;
- fortalecer as ações que a juventude negra vem desenvolvendo em suas comunidades;
- construir propostas, levantar demandas loco-regionais a serem levadas para o ENJUNE;
Abrangência: O II Encontro Estadual do Fórum Nacional da Juventude Negra  e I Encontro do Fórum Paranaense da Juventude Negra terá abrangência estadual, reunindo jovens de três cidades do Estado: Londrina, Apucarana e Curitiba;
Público Alvo: Jovens negros e negras, de 15 a 29 anos; órgãos e entidades da sociedade civil que trabalhem nas áreas étnicos-raciais e de juventude.

Estimativa de público: 120 pessoas

Período de Realização (data): 13 e 14 de maio de 2010;



Programação:

Sexta-feira – 13/05/2010

19:00 às 21:30 – Mesa de Abertura (Rosane – NEAA; Zulu – Universidade Zumbi dos Palmares, Julio – coordenador do núcleo Educafro da Baixada Santista)
21:30 às 22:00 – Coquetel de abertura
22:00 às 22:30 – Apresentação Cultural (Louvação a Oxalá – Ass. de Ogans, capoeira e samba)

Sábado – 14/05/2010

08:00 às 09:00 – Credenciamento e Café da Manhã
09:00 às 11:30 – Mesa: Juventude Negra, Cotas raciais e educação (Márcia – Curitiba, coordenadora nacional do Enjune, Larissa – Coletivo Pro-Cotas, (e mais alguém)

11:30 às 12:00 Apresentação cultural (esquete teatro do oprimido)

12:00 às 13:30 – Almoço

13:30 às 16:30 -  Grupos de Trabalho
16:30 às 17:00 -  Coffe-break
17:00 às 19:00 -  Plenária Final
19:00 às 19:30 – Apresentação Cultural (LATA, maracatu)
19:30 – Encerramento


Propostas de grupos de trabalho

GT 1: Estrutura e Organização do Fórum Paranaense da Juventude Negra;
GT 2: Novas Perspectivas na militância étnico e racial: segurança e saúde;
GT 3: Novas Perspectivas na militância étnico e racial: emprego e subemprego;



Orçamento

1-      Estrutura Física: Estabelecimento de ensino (escola, Super Creche),com refeitório, auditório para 120 pessoas, banheiros coletivos com chuveiro e espaço para alojar 120 pessoas. Sugestão: Centro Municipal de Educação Infantil Valéria Veroneze (Super Creche).

2-      Refeições: Coquetel (suco, refrigerante, água, salgadinhos diversos (bolinha de queijo, quibe, coxinha, pasteizinhos, esfirras, frutas),

3-      Café da manhã: pães, frutas, bolachas, bolos, manteiga, geléia, presunto, mussarela, café, chá, leite e suco.

4-       Almoço: Marmitex ou 50 quilos de arroz, 15 quilos de feijão, 30 quilos de macarrão, 2 quilos de cebola, 2 litros de óleo de soja, 5 maços de salsinha, 5 maços de cebolinha, 5 quilos de carne moída, 1 quilo de sal, 5 litros de molho de tomate, 1 quilo de tomate, 10 quilos de carne bovina, 10 pés de alface.

5-      Coffe break: Bolachas, café, chá, leite e suco, bolos e frutas.