O Conselho Universitário da UEL avaliou hoje (26) a continuidade do Sistema de Cotas na UEL, que foi implantado em 2004. Dos 41 conselheiros com direito a voto, 26 votaram a favor do percentual de 40% das vagas para candidatos de escolas públicas e, deste total, 50% para candidatos que se autodeclararem negros. Com isso, 20% das vagas serão destinadas a estudantes das escolas públicas e 20% para candidatos que se autodeclararem negros.
Foi aprovado também pelo Conselho Universitário o fim da proporcionalidade para o Sistema de Cotas. De acordo com a resolução nº 78/2004, os 40% das vagas eram proporcionais ao número de candidatos inscritos no vestibular, a partir do concurso de 2013 a proporcionalidade será relativa à quantidade de vagas no curso. O fim da proporcionalidade foi aprovado por 24 votos. Os conselheiros aprovaram ainda que o Sistema de Cotas na UEL passará por uma reavaliação daqui a cinco anos.
Segundo a reitora Nádina Aparecida Moreno, esta aprovação representa um avanço e um exemplo de democracia. "Gostaríamos que todos os estudantes chegassem aos nossos vestibulares em iguais condições de preparo e competição, mas isto infelizmente ainda não é possível em nosso País. Por isto, nossa administração defendeu a prorrogação do sistema de cotas e o Conselho Universitário acatou essa posição muita serenidade, competência e responsabilidade”, disse a reitora.
A vice-reitora, Berenice Quinzani Jordão lembrou que a UEL foi pioneira na implantação do sistema de cotas no Paraná e no Brasil.“Este é um dos papéis de uma instituição pública preocupada em interferir nos rumos da sociedade e do País. A UEL está fazendo a sua parte e continuará fazendo”, afirmou. As propostas aprovadas passam a valer para o vestibular de 2013.