DEFINIÇÃO DE AFRICANIDADE!

A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana.

CARTA DE REPÚDIO AO DCE!

O Coletivo Pró-Cotas vem, por meio desta carta, esclarecer alguns pontos relacionados à pintura do muro do espaço do DCE

COTAS SIM!

Tratar os desiguais de forma igual, nesse sentido, pode gerar injustiças sociais. Numa sociedade que até mesmo dentre as escolas públicas há desigualdades...

O lado cruel do preconceito!

"A gente não deve esmorecer, deve ter persistência, porque na verdade a felicidade do negro é uma felicidade guerreira".

28 de fevereiro de 2011

Dia Internacional de Luta das Mulheres será celebrado com ato no dia 12 no centro de São Paulo



Caminhada, que parte do Centro Informação Mulher, na Praça Roosevelt, e termina na Praça da Sé, deve reunir milhares de mulheres de todo o estado. No dia 8 de março, 3ª feira de Carnaval, o bloco “Adeus, Amélia!” também levará a mensagem das feministas à população paulista.

Em luta por autonomia e igualdade, contra o machismo e o capitalismo, milhares de feministas sairão às ruas de São Paulo mais uma vez para celebrar o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Como este ano a data oficial caiu em pleno carnaval, o ato foi transferido para o dia 12 de março. A concentração terá início às 9h30 no Centro Informação Mulher, na Praça Roosevelt (R.Consolação, 605). De lá, as mulheres caminharão pelo centro da cidade, encerrando o ato na Praça da Sé. No próprio dia 8 de março, o bloco “Adeus, Amélia!” levará a mensagem das feministas à população paulista. A concentração terá início às 14h, no final do elevado Presidente Artur da Costa e Silva, o Minhocão (próximo à Avenida Francisco Matarazzo).
 
Reconhecendo os avanços conquistados pela luta das mulheres e a importância histórica da eleição da primeira mulher para a Presidência da República, as feministas sairão às ruas para dizer que isso apenas não basta para mudar a vida das mulheres. “Estamos em luta diária contra a violência sexista, pela descriminalização e legalização do aborto, valorização do nosso trabalho, educação de qualidade para todos e solidárias às lutas anti-capitalistas travadas no Brasil e no mundo”, afirmam as quase cem organizações que convocam o ato do dia 12. Participarão do ato mulheres da capital, Grande São Paulo e de diversas regiões do estado, como Campinas, Sorocaba, Baixada Santista, Vale do Ribeira e Vale do Paraíba.

Com a manifestação, as feministas querem chamar a atenção da população para os principais problemas que enfrentam. Entre eles, a tentativa, por parte do STF, de supressão de medidas jurídicas criadas com a Lei Maria da Penha; a falta de investimento por parte do governo estadual na ampliação das delegacias da mulher e casas abrigos; o déficit de vagas em creches e na educação infantil de São Paulo; o crescimento da intolerância e do conservadorismo, com manifestações de violência contra lésbicas, homossexuais e transexuais na cidade; o desrespeito a direitos trabalhistas das mulheres; o descaso do poder público com a reforma urbana e agrária; e a mercantilização do corpo da mulher nos meios de comunicação, entre outros.

As brasileiras prestarão ainda solidariedade internacional às mulheres de todo o mundo, tanto àquelas que lutam na Europa contra os efeitos da crise quanto àquelas que se batem para derrubar ditaduras ou acabar com ocupações militares existentes, como no Haiti.

Sobre o 8 de Março
Em 1910, a alemã Clara Zetkin propôs, na 2a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação do Dia Internacional da Mulher, celebrado inicialmente em datas diferentes, de acordo com o calendário de lutas de cada país. A ação das operárias russas no dia 8 de março de 1917 é a razão mais provável para a fixação desta data como o Dia Internacional da Mulher. Com a revolução, muitos direitos foram conquistados, como o voto, a elegibilidade feminina e o direito ao aborto. Em 1922, a celebração internacional foi oficializada e o 8 de Março se transformou na data símbolo da participação das mulheres para transformarem sua condição e a sociedade como um todo.

27 de fevereiro de 2011

Documentário: Comprar, descartar, comprar. A obsolescência planejada

Documentário: Comprar, descartar, comprar. A obsolescência planejada 
Baterias que "morrem" em 18 meses de uso; impressoras bloqueadas ao alcançar um determinado número de impressões; lâmpadas que derretem às mil horas... Por que, apesar dos avanços em tecnologia, os produtos de consumo duram cada vez menos? 
Filmado na Catalunha, França, Alemanha, Estados Unidos e Gana, “Comprar, descartar, comprar” faz uma viagem através da história de uma prática empresarial que consiste na redução deliberada da vida útil de um produto, para aumentar o seu consumo pois, como publicado em 1928 em uma influente revista de publicidade estadunidense, “um artigo que não se deteriora é uma tragédia para os negócios." 
O documentário, dirigido por Cosima Dannoritzer e co-produzido pela TV espanhola, é o resultado de três anos de pesquisa; faz uso de imagens de arquivo pouco conhecido, fornece provas documentais e mostra as desastrosas conseqüências ambientais decorrentes dessa prática. Também apresenta vários exemplos do espírito de resistência que está crescendo entre os consumidores, e inclui a análise e opinião de economistas, designers e intelectuais que propõem alternativas para salvar a economia e o meio ambiente. 
Uma “luz” na origem da obsolescência planejada 
Tomas Edison fez a sua primeira lâmpada em 1881. Durou 1.500 horas. Em 1911, um anúncio na imprensa espanhola destacou os benefícios de uma marca de lâmpadas com um certificado de duração de 2.500 horas. Mas, como foi revelado no documentário, em 1924 um cartel que reunia os principais fabricantes na Europa e os Estados Unidos negociaram para limitar a vida útil de uma lâmpada elétrica à 1.000 horas. O cartel foi chamado “Phoebus” e, oficialmente, nunca existiu, mas, em “Comprar, descartar, comprar” é mostrado o ponto de partida de obsolescência planejada, que hoje é aplicado a produtos eletrônicos de última geração, como impressoras e iPods, e aplicada também na indústria têxtil. 
Consumidores rebeldes na era da Internet 
Ao longo da história do “vencimento previsto”, o filme descreve um período da história da economia nos últimos cem anos e mostra um fato interessante: a mudança de atitude nos consumidores, através do uso de redes sociais e da Internet. O caso dos irmãos Neistat, do programador de computador Vitaly Kiselev, e do catalão Marcos López demonstram isso. 
África, aterro eletrônico do Primeiro Mundo 
Este uso e descarte constantes têm graves conseqüências ambientais. Como vemos nesta pesquisa, países como o Gana estão se tornando a lixeira eletrônica do Primeiro Mundo. Até então, periodicamente, centenas de containers chegam cheios de resíduos, sob o rótulo de "material de segunda mão", e, eventualmente, tomar o lugar de rios ou campos onde as crianças brincam. 
Além da denúncia, o documentário dá visibilidade aos empresários que implementam novos modelos de negócio, e ouvem as alternativas propostas por intelectuais como Serge Latouche, que fala sobre empreender a revolução do “decrescimento”, a redução do consumo e a produção para economizar tempo e desenvolver outras formas de riqueza, como a amizade ou o conhecimento, que não se esgotam ao usá-los. 
Documentário “Comprar, descartar, comprar”: 






24 de fevereiro de 2011

Abaixo-assinado pelo reajuste do valor das bolsas para pós-graduação no Brasil

Estamos enviando um abaixo-assinado pelo reajuste do valor das bolsas para pós-graduação, no Brasil, há muito desatualizados. 

Por favor, colabore com a ciência, no Brasil. 

«Campanha da ANPG pelo reajuste das bolsas de pesquisa» 
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=anpg 

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras. 

Assina o abaixo-assinado aqui 
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=anpg
 e divulga-o por teus contatos. 

23 de fevereiro de 2011

Compartilhando dissertação: Contratos de trabalho de professores e a construção da condição docente na escola pública paulista (1974-2009)

Compartilho o link  da dissertação de Juliana Regina Basílio, ex-aluna de ciências sociais da UEL, que fez mestrado na Unicamp sobre a condição docente na escola pública.


vale a pena ler : http://cutter.unicamp.br/document/?code=000779276

22 de fevereiro de 2011

DENÚNCIA: A UNEB CORRE O RISCO DE SUCUMBIR


Repassem, divulguem, denunciem! A Uneb corre o risco de sucumbir!


CARTA ABERTA À SOCIEDADE BAIANA

“Das ruas, das praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o Movimento Estudantil”. Inspirado neste grito que é entoado em todas mobilizações estudantis neste Brasil, nós, estudantes da Universidade do Estado da Bahia, campus V de Santo Antonio de Jesus, voltamos mais uma vez às ruas para denunciar o clima de convulsão acadêmica que encontra-se esta unidade educacional. Sabemos das sucessivas crises que vem passando as Universidades públicas no Brasil, e que aqui se encontra a UNEB. A crise da UNEB deve-se política de conciliação que a REItoria desta Universidade adota como medida diálogo com o governaDOR do Estado da Bahia, e o que é mais problemático, a demora na correção de problemas identificáveis, devido ao habitual descumprimento de regras inerentes a este governo.
A expansão irresponsável desta Universidade, ocorrida em cima de palanques para atender interesses sólidos de grupos políticos, acentuou ainda mais o sucateamento da UNEB. Mais cursos, mais estudantes, sem o aumento do número de docentes, sem o aumento do orçamento real da UNEB e sem a adequação de suas instalações estruturais-físicas. Este é o cenário de abandono da UNEB, uma universidade com déficit de professores/as, funcionários e estrutura física, sem política de permanência estudantil, sem residências e restaurantes universitários e com insignificantes verbas destinadas pelo governo de “todos os nós”.
Identificados estes problemas estruturais, os setores da UNEB comprometidos com a educação pública e de qualidade, mais precisamente estudantes e parcela de professores/as, saíram em defesa desta Universidade no ano de 2010. Após intensas lutas travadas por tais grupos organizados, algumas promessas de caráter eleitoreiro foram materializadas em falsas ações ou medidas paliativas que agora se refletem em uma crise mais crucial. Neste contexto encontra-se o CURSO de HISTÓRIA em um constante sangramento!
Ainda em 2010, após os intensos enfrentamentos que estudantes e professores/as fizeram ao Governo Wagner, reivindicando dentre outras pautas a contratação imediata de professores, o Estado da Bahia por meio da Secretaria de Educação e UNEB resolveram abrir uma SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFCADA para contratação de professores/as substitutos e visitantes via REDA por 24 meses prorrogáveis por igual período. Esta seleção destinou 3 (três) vagas para o campus de SAJ, sendo duas para o curso de história e uma para geografia, o que resolveria provisoriamente o término do semestre letivo que já havia sido iniciado. Diferentemente do esperado, uma vez que a seleção ocorreu em junho, o estado só cumpriu as etapas burocráticas em agosto e, após conclusão deste processo, os/as professores foram admitidos na Universidade conforme aprovação, convocação e nomeação publicadas no Diário Oficial do Estado da Bahia. A partir desta data os/as professores encontram-se trabalhando na UNEB, assumindo compromissos acadêmicos SEM RECEBER DINHEIRO e sem perspectiva de recebimento deste, e o que é mais problemático, sem contrato algum com o estado desde então e a confirmação da Secretaria de Educação do Estado que não vai fazer a contratação, cujo indeferimento do processo foi ratificado dia 16/02/2011 após o executivo estadual contigenciar as verbas públicas e adotar medidas de arrocho das universidades estaduais da Bahia.
Isso de maneira imediata configura pára além da questão trabalhista destes profissionais, a paralisação das atividades acadêmicas, sobretudo do CURSO de HISTÓRIA por falta de professores. Estima-se que 14 disciplinas das 36 disponíveis fiquem sem professor em 2011. Implica em dizer que os concluintes do curso terão que ficar mais um ano na Universidade para tentar se formar. Significa dizer que os/as estudantes que foram aprovados no recente concurso público efetivo para professores da educação básica do estado não poderão assumir seus cargos por atraso na formação. Constitui o ABORTO de sonhos de estudantes e professores/as comprometidos/as com a melhoria da educação pública deste país.
Assim, faz-se importante divulgar a sociedade baiana as condições em que encontra-se a Universidade de TODA a Bahia, mais precisamente o clima de convulsão acadêmica do CURSO de HISTÓRIA do campus universitário de Santo Antonio de Jesus devido a FALTA DE CONTRATAÇÃO DOS/AS PROFESSORES/AS aprovados/as em seleção pública, convocados, nomeados e empossados segundo a burocracia estatal, que se recusa reconhecer suas próprias medidas. Estamos em um estado democrático de direito?
Por estes motivos exigimos que o governaDOR deste estado CONTRATE OS/AS PROFESSORES/AS APROVADOS/AS e respeite a educação pública do estado. Não ao desmonte da educação!

“Mesmo que o rádio não toque, mesmo que a TV não mostre, aqui vamos nós...”
Campanha “UNEB: NENHUM PROFESSOR A MENOS” – Movimento Estudantil do Recôncavo – Diretório Acadêmico de História

 

Dando voz aos estudantes "JORNAL DA ESCOLA"


Juntem-se ao meu “Jornal da Escola”!
 
18/2/2011, Michael Moore
 
http://www.michaelmoore.com/words/mike-friends-blog/join-my-high-school-newspaper
Com agradecimentos, pela dica, ao I.C.L., nômade nascido no Brasil, que nos acompanha da Itália.

Caros Estudantes:

Que inspiração, a de vocês, que se uniram aos milhares de estudantes das escolas de Wisconsin e saíram andando das salas de aula há quatro dias e agora estão ocupando o prédio do State Capitol e arredores, em Madison, exigindo que o governador pare de assaltar os professores e outros funcionários públicos

Tenho de dizer que é das coisas mais entusiasmantes que vi acontecer em anos. 

Vivemos hoje um fantástico momento histórico. E aconteceu porque os jovens em todo o mundo decidiram que, para eles, basta. Os jovens estão em rebelião – e é mais que hora! 

Vocês, os estudantes, os adultos jovens, do Cairo no Egito, a Madison no Wisconsin, estão começando a erguer a cabeça, tomar as ruas, organizar-se, protestar e recusar a dar um passo de volta para casa, se não forem ouvidos. Totalmente sensacional!! 

O poder está tremendo de medo, os adultos maduros e velhos tão convencidos que que fizeram um baita trabalho ao calar vocês, distraí-los com quantidades enormes de bobagens até que vocês se sentissem inpotentes, mais uma engrenagem da máquina, mais um tijolo do muro. Alimentaram vocês com quantidades absurdas de propaganda sobre “como o sistema funciona” e mais tantas mentiras sobre o que aconteceu na história, que estou admirado de vocês terem derrotado tamanha quantidade de lixo e estejam afinal vendo as coisas como as coisas são. 

Fizeram o que fizeram, na esperança de que vocês ficariam de bico fechado, entrariam na linha e obedeceriam ordens e não sacudiriam o bote. Que arranjariam um bom emprego. Que ficariam iguaizinhos a eles, um freak a mais. Disseram que a política partidária é limpa e que um único homem poderia fazer muita diferença. 

E por alguma razão bela, desconhecida, vocês recusaram-se a ouvir. Talvez porque vocês deram-se conta que nós, os adultos maduros, lhes estamos entregando um mundo cada vez mais miserável, as calotas polares derretidas, salários de fome, guerras e cada vez mais guerras, e planos para empurrá-los para a vida, aos 18 anos, cada um de vocês já carregando a dívida astronômica do custo da formação universitária que vocês terão de pagar ou morrerão tentando pagar.

Como se não bastasse, vocês ouviram os adultos maduros dizer que vocês talvez não consigam casar legalmente com quem escolherem para casar, que o corpo de vocês não pertence a vocês, e que, se um negro chegou à Casa Branca, só pode ter sido falcatrua, porque ele é imigrado ilegal que veio do Quênia.

Sim, pelo que estou vendo, a maioria de vocês rejeitou todo esse lixo. Não esqueçam que foram vocês, os adultos jovens, que elegeram Barack Obama. Primeiro, formaram um exército de voluntários para conseguir a indicação dele como candidato. Depois, foram as urnas em números recordes, em novembro de 2008. Vocês sabem que o único grupo da população branca dos EUA no qual Obama teve maioria de votos foi o dos jovens entre 18 e 29 anos? A maioria de todos os brancos com mais de 29 anos nos EUA votaram em McCain – e Obama foi eleito, mesmo assim!

Como pode ter acontecido? Porque há mais eleitores jovens em todos os grupos étnicos – e eles foram às urnas e, contados os votos, viu-se que haviam derrotado os brancos mais velhos assustados, que simplesmente jamais admitiriam ter no Salão Oval alguém chamado Hussein. Obrigado, aos eleitores jovens dos EUA, por terem operado esse prodígio! 

Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida.

Apesar de eu, há muito, já não ser adulto jovem, senti-me tão fortalecido pelos acontecimentos recentes no mundo, que quero também dar uma mão.

Decidi que uma parte da minha página na Internet será entregue aos estudantes de nível médio para que eles – vocês – tenham meios para falar a milhões de pessoas. Há muito tempo procuro um meio de dar voz aos adolescentes e adultos jovens, que não têm espaço na mídia-empresa. Por que a opinião dos adolescentes e adultos jovens é considerada menos válida, na mídia-empresa, que a opinião dos adultos maduros e velhos? 

Nas escolas de segundo grau em todos os EUA, os alunos têm ideias de como melhorar as coisas e questionam o que veem – e todas essas vozes e pensamentos são ou silenciadas ou ignoradas. Quantas vezes, nas escolas, o corpo de alunos é absolutamente ignorado? Quantos estudantes tentam falar, levantar-se em defesa de uma ou outra ideia, tentar consertar uma coisa ou outra – e sempre acabam sendo vozes ignoradas pelos que estão no poder ou pelos outros alunos?

Muitas vezes vi, ao longo dos anos, alunos que tentam participar no processo democrático, e logo ouvem que colégios não são democracias e que alunos não têm direitos (mesmo depois de a Suprema Corte ter declarado que nenhum aluno ou aluna perde seus direitos civis “ao adentrar o prédio da escola”).

Sempre fico abismado ao ver o quanto os adultos maduros e velhos falam aos jovens sobre a grande “democracia” dos EUA. E depois, quando os estudantes querem participar daquela “democracia”, sempre aparece alguém para lembrá-los de que não são cidadãos plenos e que devem comportar-se, mais ou menos, como servos semi-incapazes. Não surpreende que tantos jovens, quando se tornam adultos maduros, não se interessem por participar do sistema político – porque foram ensinados pelo exemplo, ao longo de 12 anos da vida, que são incompetentes para emitir opiniões em todos os assuntos que os afetam.

Gostamos de dizer que há nos EUA essa grande “imprensa livre”. Mas que liberdade há para produzir jornais de escolas de segundo gráu? Quem é livre para escrever em jornal ou blog sobre o que bem entender? Muitas vezes recebo matérias escritas por adolescentes, que não puderam ser publicadas em seus jornais de escola. Por que não? Porque alguém teria direito de silenciar e de esconder as opiniões dos adolescentes e adultos jovens nos EUA?

Em outros países, é diferente. Na Áustria, no Brasil, na Nicarágua, a idade mínima para votar é 16 anos. Na França, os estudantes conseguem parar o país, simplesmente saindo das escolas e marchando pelas ruas.

Mas aqui, nos EUA, os jovens são mandados obedecer, sentar e deixar que os adultos maduros e velhos comandem o show.

Vamos mudar isso! Estou abrindo, na minha página, um “JORNAL DA ESCOLA” [orig. "HIGH SCHOOL NEWSPAPER", em
http://mikeshighschoolnews.com/]. Ali, vocês podem escrever o que quiserem, e publicarei tudo. Também publicarei artigos que vocês tenham escrito e que foram rejeitados para publicação nos jornais das escolas de vocês. Na minha página vocês serão livres e haverá um fórum aberto, e quem quiser falar poderá falar para milhões.

Pedi que minha sobrinha Molly, de 17 anos, dê o pontapé inicial e cuide da página pelos primeiros seis meses. Ela vai escrever e pedirque vocês mandem suas histórias e ideias e selecionará várias para publicar em MichaelMoore.com. Ali estará a plataforma que vocês merecem. É uma honra para mim que se manifestem na minha página e espero que todos aproveitem.

Dizem que vocês são “o futuro”. O futuro é hoje, aqui mesmo, já. Vocês já provaram que podem mudar o mundo. Aguentem firmes. É uma honra poder dar uma mão.

P.S. Podem começar já. Entrem em 
http://mikeshighschoolnews.com/user/register  e inscrevam-se. (Podem inventar um nome, se quiserem, e não precisam declarar em que escola estudam.) Depois de inscritos, mandem tudo, blogs (http://www.mikeshighschoolnews.com/node/add/blog), música (http://www.mikeshighschoolnews.com/node/add/featured-music), vídeos (http://www.mikeshighschoolnews.com/node/add/featured-video) e mais (http://www.mikeshighschoolnews.com/node/add),

18 de fevereiro de 2011

Repudiamos as atitudes dos policiais militares ...


 recebi esse e-mail e estou divulgando...

Repudiamos as atitudes dos policiais militares !!!


 CAROS,
Meu companheiro Vinícius, assistente social, servidor público no município de SP, mestrando em Serviço Social na PUC-SP, militante do PCB e do movimento de saúde foi cruelmente espancado por cerca de 8 policiais hoje, 17/02/2011 em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, organizado por vários movimentos sociais. Está internado no Hospital do Servidor Público Municipal e fará cirurgia amanhã. As fotos elucidam o abuso feito pela polícia militar.Solicitamos às organizações e movimentos sociais que encaminhem moções de repúdio às atitudes dos policiais militares e solidariedade ao nosso companheiro, para que tal fato seja investigado e que a polícia militar seja responsabilizada.Abaixo seguem os links das notícias e fotos:http://noticias.uol.com.br/album/110217protesto_album.jhtm?abrefoto=15#fotoNav=16
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,protesto-contra-alta-do-onibus-em-sp-acaba-em-confronto-com-a-pm,680968,0.htm
Enviamos anexas as fotos retiradas do site www.estadao.com.br
















HIP HOP alternativo - Londrina/PR.

  

 Música e dança muito boa realizado por meninos e meninas do Jardim União da Vitória - Londrina/PR.

17 de fevereiro de 2011

I SEMINÁRIO: NO VENTRE, A CAPOEIRA - Londrina/PR.


 I SEMINÁRIO:  NO VENTRE, A CAPOEIRA
 
A Proposta do Projeto “NO VENTRE, A CAPOEIRA” tem como finalidade potencializar a participação feminina no universo da Capoeira Angola, refletir sobre sua prática e filosofia. O evento terá início em 19 de fevereiro de 2011, estendendo-se no mês de março focalizando a participação da mulher. Seguindo em abril com essas mulheres e demais participantes do AJPP –CECA e toda a comunidade, homenageando Mestre Pastinha. Encerrando com chave de ouro no dia 09 de abril de 2011. Os encontros acontecerão sempre das 14:00 às 18:30. Totalizando sete encontros aos sábados, incorporando à proposta, a tradicional homenagem ao Mestre Pastinha no dia 05 de abril (terça feira), aberto ao público em geral. Encerramento  do Seminário: “NO VENTRE, A CAPOEIRA”, apenas para as participantes das oficinas e convidadas, acontecerá no dia 09 de abril a partir das 14:00. Teremos  a honra de receber ilustres convidadas, mulheres de grande relevância no contexto político -sócio cultural da Bahia. Essas mulheres nos felicitarão com intervenções nas rodas de prosas, oficinas e performances artísticas. São profissionais de diversas áreas de conhecimentos e contextos sociais ao qual estamos inseridas.
CENTRO ESPORTIVO DE CAPOEIRA ANGOLA- LONDRINA
rua Uruguai, 1656
Vila Brasil, Londrina
tel: 33248056


16 de fevereiro de 2011

operação "tapa buraco" do Ministério da Educação.

Explicação do porque contratar professores temporários ...

Governo Dilma anuncia corte de R$ 1 bilhão na educação
por Walter Santos – estudante de Ciências Sociais da UFPA e membro da executiva paraense da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres
O ano de 2011 inicia e o novo governo de Dilma anunciou mais um ataque à população brasileira. Dessa vez os cortes de gastos no serviço público federal irão chegar a R$ 50 bilhões. A medida foi apresentada na última sexta-feira pelo ministro da Educação Fernando Haddad após reunião com a ministra do Planejamento Mirian Belchior quem aconselhou o corte.
A tesourada representará 1,3% a menos no orçamento do ensino público. O equivalente a R$ 1 bilhão. Dinheiro que vai faltar na manutenção do ensino federal e principalmente na abertura de novos concursos públicos para contratação de efetivos para suprir a falta de funcionários e professores nas universidades.
O caso pior são o dos cursos do REUNI, pois segundo o governo por falta de verbas os 3.500 professores que deveriam ser efetivados pro concurso público serão contratados por regime temporário, ou seja, uma verdade operação “tapa buraco” do MEC vai ser feitas nos próximos dias.
Os 10% garantidos na Constituição Brasileira não são respeitados
Nesse ano que passou a ANEL lançou na plenária de Santos - SP a “Campanha Nacional pela Qualidade no Ensino”. Em diversos estados os ativistas da Assembléia Nacional dos Estudantes Livres realizaram atos e audiências públicas com reitorias para discutir a melhoria do ensino. Este ano o orçamento do MEC seria de 72,8 bilhões e o governo apresentou o rebaixamento para 71,8 bilhões, o que não ultrapassa os 4% do PIB – Produto Interno Bruto brasileiro. A Constituição Federal obriga os governos federais a investirem 10% do PIB, porém durante a década de 90, o governo FHC criou a lei de desregulamentação e passou a investir apenas cerca de 4% do PIB desviando o restante para o pagamento da dívida externa.
Lula não mudou a situação da educação. Dilma prossegue com os ataques e cortes
A grande esperança dos movimentos sociais principalmente o movimento da educação e estudantil era de que Lula ao ser eleito fosse por fim ao sucateamento sofrido pela educação. Porém Lula frustrou aos movimentos e continuou a investir apenas 4% do PIB na educação e principalmente acelerou o processo iniciado por FHC de privatizar as escolas e universidades. Segundo o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior – ANDES entidade filiada a CSP-CONLUTAS, o grande problema da educação é o seu financiamento, ou seja, se respeitássemos o investimento de 10% do PIB a situação seria outra no Brasil.

Contratação de docente temporário...

Governo libera contratação de professor sem concurso em federal

Docente temporário poderá atuar em novas universidades e campi 

BRENO COSTA
DE BRASÍLIA 

O governo federal poderá preencher vagas em novas universidades e escolas técnicas sem a necessidade de promover concursos públicos para a contratação de professores efetivos.
Medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff coloca a expansão das instituições de ensino federais, uma das principais promessas da presidente, na categoria de "excepcional interesse público".
Com isso, fica liberada a contratação de professores temporários, que gozam de regime trabalhista mais precário, para preencher vagas nessas instituições. A MP é editada justamente no momento em que o governo se prepara para cortar R$ 50 bilhões do Orçamento.
O limite de vagas de temporários nas federais ainda será definido.
Na prática, a MP vale só para novas universidades ou novos campi. No caso de professores efetivos que entram em licença, por exemplo, já existe a figura do professor substituto, que é um outro tipo de professor temporário. Agora, com a MP, vagas "virgens" também podem ser ocupadas por temporários.
Além de salários menores (o pagamento é feito por horas trabalhadas), esses professores não têm direito a férias, nem acesso ao plano de carreira que profissionais efetivos desfrutam.
Em discursos e entrevistas, Dilma costuma reforçar sua preocupação com a "valorização dos professores".
De acordo com o texto da MP encaminhada na segunda-feira ao Congresso, a contratação desses profissionais temporários deve respeitar o prazo de um ano, prorrogável por igual período.
O texto não deixa claro, porém, se a vaga temporária poderá ser preenchida por outro professor, também em caráter temporário, após o fim do prazo máximo de dois anos. A MP afirma só que "as contratações serão feitas por tempo determinado".
O Ministério da Educação nega que exista a possibilidade de a vaga ser perpetuada como "temporária". Segundo o MEC, depois dos dois anos, ou mesmo antes disso, haverá contratação, via concurso, de professor efetivo.
A política de contratação de professores temporários, em detrimento de concursos, é alvo de críticas por parte de sindicatos dos docentes, por conta da precariedade da relação trabalhista.



E toda hora vemos nas propagandas essa preocupação com os professores !!! 



veja o link da medida provisória: medida provisória

15 de fevereiro de 2011

UNE promoverá III Encontro de Negros, Negras e Cotistas !!!

A previsão é de que cerca de 600 pessoas - entre estudantes, militantes e observadores - participem do III Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE (União Nacional dos Estudantes).O evento, que incluirá, entre as atividades, debates, palestras e apresentações musicais, será realizado em Salvador, nos dias 20, 21 e 22 de maio. Esta terceira edição tem como objetivo levar os participantes a refletirem sobre o tema que dá nome ao encontro. “O Brasil após a expansão das políticas de ações afirmativas”.

 “O III ENUNE 2011 abrirá um espaço para os estudantes pensarem a política de cotas, que hoje já é uma realidade em mais de 70 instituições públicas de ensino superior no Brasil, mesmo que encontre  resistências em setores da sociedade. Nosso objetivo é avaliar os avanços e pensar em perspectivas futuras, o que significa avaliar estes programas (de concessão de cotas para estudantes afrodescendentes) e traçar diretrizes”. A avaliação é de Cledisson Junior, de 27 anos, diretor, desde 2009, da Diretoria de Combate ao Racismo da UNE, organismo criado em 2001, e cuja finalidade, ainda segundo Cledisson, é contribuir para a democratização do acesso à universidade, que deve estar aberta a esta parcela da população do país, que representa 50,6% do total dos brasileiros. “Além de estabelecer uma articulação entre a rede do movimento estudantil e os movimentos negros”, afirma o dirigente, que é aluno do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Os encontros para discutir as relações entre negros e a educação universitária promovidos por este organismo da UNE são bienais. No primeiro deles, realizado em 2007, os alunos e demais participantes discutiram o papel da União Nacional dos Estudantes no combate ao racismo, assumido como fator presente nas relações sociais e nas instituições do país.  Já o segundo encontro, ocorrido em 2007,” teve como proposta a apresentação de ações de apoio da entidade à política de cotas raciais”, completa Cledisson Junior.

Para os interessados em participar do II IENUNE 2011, a Diretoria de Combate ao Racismo da UNE informa os seguintes endereços:
www.une.org.br
www.unecombateaoracismo.blogspot.com
unecombateracismo@gmail.com

Por Comunicação Social da SEPPIR/PR

Especialização Em História Da África E Do Negro No Brasil


Especialização Em História Da África E Do Negro No Brasil
Público Alvo
O curso destina-se aos licenciados das Ciências Humanas da Unicastelo e outras universidades, que cursaram a disciplina da História e a Cultura Africana e Afro-Brasileira ou Conexa; aos  Professores das Redes Pública e Privada de Ensino, Pesquisadores, Profissionais Liberais e Ativistas Sociais graduados, cujo interesse conduza ao aprofundamento da História Africana e da Diáspora Africana no Brasil.
Proposta/Objetivo
O curso tem por meta aperfeiçoar, atualizar e especializar profissionais da área das Ciências Humanas nos temas da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira; contribuir para a superação da reconhecida carência dos Professores da Educação Básica e do Ensino Médio no trato com os conteúdos dessa temática, conforme a Lei n° 10.639, de 09 de janeiro de 2003; suscitar vocação de pesquisa em temas Africanos e Afro-brasileiros. O Curso será ministrado numa abordagem multidisciplinar, com os aportes da História, Antropologia, Sociologia, Filosofia, Pedagogia, Geografia e Ciência Política.
Conteúdo
África Pré-colonial: Pré-história e Antiguidade
África Colonial: Escravidão Africana e Transatlântica
África Contemporânea e suas Diásporas
Geografia Política e Econômica da África
Literatura Africana e Afro-Brasileira
Filosofia e Arte Africana e Afro-Brasileira
Religiões e Sociedades Africanas e Afro-Brasileiras
História do Negro no Brasil
Ensino da História e da Cultura Africana: Desafios e Inovações
Metodologia do Trabalho Científico
Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso
Tópicos avançados em Estudos POS GRADUADOS EM EDUCAÇÃO
MAIS INFORMAÇÕES: SP-São Paulo - Campus I - Itaquera/SP - Rua Carolina Fonseca, 453 - Itaquera - Fone: (11) 2070-0027/ 2070 0028

14 de fevereiro de 2011

O livro "RELAÇÕES ETNICORRACIAIS Saberes e Experiências no Cotidiano Escolar"

O livro "RELAÇÕES ETNICORRACIAIS Saberes e Experiências no Cotidiano Escolar" apresenta experiências do cotidiano escolar,  identifica as experiências  de professores(as) que tem como preocupação contemplar e valorizar na sala de aula a contribuição dos(as) africanos(as) e brasileiros(as) negros(as) na formação social, política, econômica e cultural do país. E como ainda existem dificuldades no trato com a
questão etnicorracial, visto que o processo histórico brasileiro naturalizou noções preconceituosas e discriminatórias, esse livro tem como objetivo auxiliar os professores a trabalharem em sala de aula com temos como racismo, preconceito e discriminação.
É um material riquíssimo desenvolvido pelo projeto LEAFRO da Universidade Estadual de Londrina, vale a pena ler ...

acesse o texto: Relações etnicorraciais

11 de fevereiro de 2011

TEATRO: "CAMINHOS PARA UM TEATRO POPULAR" -LONDRINA/PR


O Projeto "Caminhos para um Teatro popular" da FTO Londrina, retoma as
atividades a partir da semana que vem com apresentações nas praças
públicas de Londrina.

Serão 10 apresentações em 2 semanas de Teatro, Folia e Reflexão
Coletiva. As peças apresentadas serão "Dias Contestados" e "O amor é
mesmo Assim?", ambas do Grupo Caos e Acaso de Teatro.

“Dias Contestados” é uma Peça-Processo que narra fragmentos da
Guerra do Contestado (1912-1916 entre Paraná e Santa Catarina), através
do ponto de vista de personagens anônimas e outras baseadas em figuras
reais como o Monge José Maria, os líderes Adeodato e Elias.
 
"O Amor é mesmo Assim?" é um espetáculo que tem como temática a
violência contra a Mulher e a Lei Maria da Penha. concebido em 2008 na
forma de teatro cordel, o espetáculo narra de forma épica situações
reais de violência contra a mulher buscando uma reflexão estetica e
coletiva sobre o Tema.
 
Confira as próximas apresentações da peça "O amor é Mesmo Assim?"

 Fevereiro:

Dia 14 (segunda) / as 11:00hs /Local: Praça Marechal Floriano Peixoto .
Dia 15 (Terça) / as 11:00hs / Local: Calcadão - Próximo a fonte
Dia 16 (Quarta)/ as 18:00hs/Local: Praça Nishinomia (bairro Aeroporto)
Dia 17 (quinta)/ as 18:00hs/Local: Praça Tomy Nakagawa
Dia 18 (Sexta)/ as 11:00hs/ Local: Praça Marechal Floriano Peixoto (Prac
da bandeira)

9 de fevereiro de 2011

Mais um caso de racismo !!!

Este é mais um caso de racismo que tende a ficar em pune, frente à hipocrisia de nossa sociedade.

Nota à imprensa
Sou músico, negro, formado em pedagogia em Cuba, país onde nasci. Vim para o Brasil há 6 anos para fazer um curso de pós-graduação na Universidade Federal de Salvador. Atualmente moro em São Paulo, onde atuo como percussionista e professor de música, trabalhando com diversos artistas como Pepeu Gomes, André Jung, Edgar Scandurra, Luísa Maita, Karina Buhr, Marina de La Riva, João Gordo, entre outros. Escolhi o Brasil para meu aprimoramento profissional e, em especial, a cidade São Paulo por ser uma metrópole aberta à diversidade e caracterizada pela multiculturalidade.
No dia 28 de agosto de 2010 fui vítima de um episódio racista por parte de seguranças do shopping Cidade Jardim, no momento que me dirigia a Livraria da Vila para fazer um show de apresentação do DVD da cantora Marina de La Riva. Na ocasião, enquanto me dirigia à livraria dois seguranças da instituição vieram ao meu encontro de maneira hostil, agressiva. Um deles falou que eu não poderia entrar sem me explicar o motivo de tal restrição.
Expliquei o motivo da minha presença no local e mesmo assim ele questionou e, apontando para mim, ainda que tentando ser discreto, comentou com o outro:
– Estão suspeitando desse indivíduo porque ele está falando que veio fazer um show, mas anda de táxi e ninguém viu seus instrumentos!
Diante desse comentário, solicitei a presença de um responsável ou de algum superior dele e recebi a seguinte resposta, que reproduzo palavra por palavra:
– Você é estrangeiro e não sabe que este shopping foi assaltado duas vezes? Quem te mandou entrar, quem te autorizou a entrar?
Nesse meio tempo, consegui me comunicar com um dos músicos da banda, que desceu ao meu auxílio. No momento da chegada dele, já tínhamos saído do interior do prédio e nos encontrávamos no estacionamento diante do táxi, onde eu, indignado, disse:
– Olha vocês que falaram que ninguém viu meus instrumentos, eles estão aqui! – tirando-os do táxi.
Mesmo assim, eles continuaram argumentando que eu não podia entrar. Depois da intervenção da produtora da banda, do pessoal da livraria e dos músicos, entrei e se fez a apresentação. Indignado com o que vivi, reportei o fato à administração do shopping dois dias depois. Não obtive uma resposta à altura do ocorrido. Diante disso, resolvi comunicar o fato às autoridades competentes, formalizando a denúncia como crime de racismo.
Você tem voz:
Tão importante quanto denunciar o fato, as pessoas que se sentem discriminadas ou vítimas de preconceito devem saber que existem instituições onde podem fazer este tipo de denúncia. Ali serão escutadas orientadas e receberão assessoria legal.
Veja abaixo uma relação das instituições que trabalham no combate de qualquer tipo e forma de descriminação, intolerância e preconceito, contra qualquer tipo de grupo social, sem distinção de SEXO ou COR de pele:
CEERT – Centro de Estudo de Relações de Trabalho e Desigualdades (para causas coletivas) DECRADI – Delegacia Especializada em Crimes Raciais e de Intolerância GELEDE – Defesa das Mulheres contra todo tipo de Preconceito e Sexismo. 181- S. O. S – Disque Racismo, Assembleia Legislativa São Paulo.
Pedro Damian Bandera Izquierdo Telefone: 9220-2757
E-mail: banderabata@yahoo.com.br
Advogado: Daniel Teixeira
Telefone: 8356-5846
E-mail: danielceert@uol.com.br
São Paulo, fevereiro 2011.

Definição de AFRICANIDADE!



A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana. Dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
Possivelmente, alguns pensem: Realmente, é verdade o que vem de ser dito, pois todos nós comemos feijoada, cantamos e dançamos samba e alguns freqüentamos academia de capoeira. E isto, sem dúvidas, é influência africana. De fato o é, mas há que completar o pensamento, vislumbrando os múltiplos significados que impregnam cada uma destas manifestações. Feijoada, samba, capoeira resultaram de criações dos africanos que vieram escravizados para o Brasil e de seus descendentes e representam formas encontradas para sobreviver, para expressar um jeito de construir a vida, de sentila, de vivê-la. Assim, uma receita de feijoada, de vatapá ou de qualquer outro prato contém mais do que a combinação de ingredientes: é o retrato de busca de soluções para manutenção da vida física, de lembrança dos sabores da terra de origem. A capoeira , hoje um jogo que promove o equilíbrio do corpo e do espírito pelo seu cultivo, nasceu como instrumento de combate, de defesa.
Africanidades brasileiras, pois, ultrapassam o dado ou o evento material, como um prato de sarapatel, uma apresentação de rap. Elas se constituem nos processos que geraram tais dados e eventos, hoje incorporados pela sociedade brasileira. Elas se constituem também dos valores que motivaram tais processos e deles resultaram. Então, estudar Africanidades Brasileiras significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao participar da construção da nação brasileira, vão deixando nos outros grupos étnicos com que convivem suas influências, e, ao mesmo tempo, recebem e incorporam as daqueles.
Com que finalidades estudar Africanidades Brasileiras?
Muitas são as finalidades por que devemos incluir Africanidades Brasileiras no currículo escolar. Por exemplo:
• ensinar e aprender como os descendentes de africanos vêm, nos mais de quinhentos anos de Brasil, construindo suas vidas e suas histórias, no interior do seu grupo étnico e no convívio com outros grupos;
• conhecer e aprender a respeitar as expressões culturais negras que compõem a história e a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco valorizadas;
• compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar;
• discutir as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da assim designada democracia racial;
• refazer concepções relativas à população negra, forjadas com base em preconceitos.
Propondo encaminhamentos
Schenetzier dá-nos importantes indicações. A aprendizagem, diz ela, consiste em reorganização e desenvolvimento das concepções dos alunos; implica, pois, mudança conceitual. Embora referindo-se a conhecimentos prévios em Química, a afirmativa da autora também diz respeito à aprendizagem em todas as outras áreas do conhecimento. Calcule-se o valor desse entendimento quando são tratados conteúdos pouco valorizados pela sociedade,quando, ao ensiná-los, pretende-se apagar preconceitos, corrigir idéias, atitudes forjadas com base nas destruidoras ideologias do racismo, do branqueamento. Schenetzier, citando Andersen, pondera que ensinar implica, entre outras coisas, busca de estratégias úteis para proceder à mudança conceitual. Para tanto, os professores deveriam:
• buscar conhecer as concepções prévias de seus alunos a respeito do estudado, ouvindo-os falar sobre elas;
• ajudar os alunos a compreender que ninguém constrói sozinho as concepções a respeito de fatos, fenômenos, pessoas; que as concepções resultam do que ouvimos outras pessoas dizerem, resultam também de nossas observações e estudos;
• lançar desafios para que seus alunos ampliem e/ou reformulem suas concepções prévias, incentivando-os a pesquisar, debater, trocar idéias, argumentando com idéias e dados;
• incentivar a observação da vida cotidiana, observações no contexto da sala de aula, a elaboração de conclusões, a comparação entre concepções construídas tanto a partir do senso comum como a partir do estudo sistemático.
Em se tratando de Africanidades Brasileiras, é preciso acrescentar que:
• de acordo com Silva, deveriam combater os próprios preconceitos, os gestos de discriminação tão fortemente enraizados na personalidade dos brasileiros, desejando sinceramente superar sua ignorância relativamente à história e à cultura dos brasileiros descendentes de africanos;
• organizar seus planos de trabalho, as atividades para seus alunos, tendo presente o ensinamento de Lopes de que na cultura de origem africana só tem totalmente sentido o que for aprendido pela ação, isto é, se, no ato de aprender, o aprendiz executar tarefas que o levem a pôr a mão na massa, sempre informado e apoiado pelos mais experientes. Dizendo de outra maneira, aprender-se realmente o que se vive e muito pouco sobre o que se ouve falar.

Africanidades Brasileiras: uma nova área de conhecimento?
Não necessariamente. Estudos já realizados apontam para uma área interdisciplinar, melhor dizendo, todas as áreas do conhecimento a compõem, desde que abordadas sem perder a perspectiva da cultura e da história dos povos africanos ou deles descendentes.
As Africanidades Brasileiras, no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem, conduzem a uma pedagogia anti-racista, cujos princípios são:
- respeito, entendido não como mera tolerância, mas como diálogo em que seres humanos diferentes miram-se uns aos outros, sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade;
- reconstrução do discurso pedagógico, no sentido de que a escola venha a participar do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem, bem como contribuir para a afirmação da sua identidade e da sua cidadania;
- estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileira, que nos encontros e desencontros de umas com as outras se fizeram e hoje não são mais gêge, nagô, bantu, portuguesa, japonesa, italiana, alemã, mas brasileira de origem africana, européia, asiática.
As Africanidades Brasileiras abrangem diferentes aspectos, não precisam, por isso, constituir-se numa única área, pois podem estar presentes em conteúdos e metodologias, nas diferentes áreas de conhecimento constitutivas do currículo escolar.

Texto escrito por: PETRONILHA BEATRIZ GONÇALVES E SILVA
Membro do Conselho Nacional de Educação.
Doutora em Educação.
Professora do Centro de Educação e Ciências Humanas da
Universidade Federal de São Carlos. São Carlos/SP.
E-mail: petronilha@power.ufscar.br

Mais informações acesse: Revista do professor.



Professores das redes públicas = mesmo índice de reajuste dos senadores.

Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores 
Os senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon apresentaram hoje (16/12/2010), projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras. 
Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$ 26.723,13. 
Para o senador Cristovam Buarque, a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil. 
Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa. 

Pelo exposto os signatários solicitam a aprovação do referido Projeto de Lei. 


para assinar, clique aqui: Abaixo Assinado

8 de fevereiro de 2011

denúncia contra a secretária de educação do Estado de São Paulo !

Caros colegas, venho por meio desta apresentar a vocês uma situação revoltante que esta acontecendo na secretária de educação do Estado de São Paulo. Esta semana esta ocorrendo o processo de atribuição de aulas para o ano letivo de 2011. Este processo visa preencher as vagas de professores através de um processo simplificado de contratação.Em São Paulo existe uma classificação destes docentes e de acordo com tal classificação, as famigeradas categorias P,N,F,L,O e assim por diante. Cada categoria e definida por uma resolução. Tais aulas são atribuídas de acordo com a licenciatura que o referido professor possui, acontece que este ano os professores  que possuem 160 horas de uma outra disciplina podem dar aulas desta disciplina na frente de quem fez a graduação na referida disciplina, de acordo com a resolução SE 77, de 17/12/2010 “DISCIPLINAS CORRELATAS: § 1º - Além das disciplinas específicas e/ou não específicas decorrentes do curso de licenciatura concluída, consideram-se para fins de atribuição de aulas na forma de que trata o “caput” deste artigo, a(s) disciplina(s) correlata(s) identificadas pela análise do histórico do respectivo curso, em que se registre, no mínimo, o somatório de 160 (cento e sessenta) horas de estudos de disciplinas afins/conteúdos dessa disciplina a ser atribuída”. Vale lembrar que esta resolução saiu depois das inscrições para o processo seletivo. De acordo com esta resolução um professor A que, por exemplo, tem graduação em geografia e 160 horas de disciplinas em sociologia, na atribuição será ofertada a ele (de acordo com sua classificação) as disciplinas de sociologia na frente de quem fez a graduação em ciências sociais e/ou sociologia mas que esta em uma classificação posterior a do referido professor A, resumo da ópera: os alunos estão tendo professores de outras matérias dando aulas de disciplinas para as quais possuem uma formação parcial, enquanto vários professores graduados nestas disciplinas estão sem trabalho.De acordo com a secretaria de educação esta medida visa solucionar o problema da falta de professores em certas disciplinas, tais como: sociologia e filosofia. Mas neste caso apresenta-se uma questão que não quer calar: porque as aulas não são ofertadas a cada professor de acordo com sua licenciatura e após este processo as aulas remanescentes são ofertadas aos professores que possuem 160 horas de outras disciplinas? Ao contrário, professores com formação parcial darão aulas a estes alunos e os professores graduados ficam sem aulas, mas uma vez o Estado demonstra seu total desrespeito pelos professores, especialmente os ingressantes que estão em uma colocação baixa (já que o tempo de serviço é contado para a classificação) e além disso tem suas aulas atribuídas a outros professores.Além do fato de demonstrar nenhuma preocupação com a formação de seus alunos já que esta deixando sem aulas professores graduados na referida disciplina para atribuí-las a professores com formação parcial nas mesmas (160 horas), se não for este o caso,  outra possibilidade é entender que para a Secretária de Educação do Estado de São Paulo uma formação de 160 horas é igual a uma formação de 4 anos, em ambos os casos a interpretação das ações da secretária é revoltante para quem se preocupa verdadeiramente com a educação. Em suma de acordo com a legislação de São Paulo se você possui uma graduação e mais 160 horas de outra disciplina na prática no momento da atribuição você tem duas graduações já que pode escolher aulas na frente de quem tem a graduação na referida disciplina. Estou escrevendo porque isto é um desrespeito total com a nossa formação acadêmica e espero o apoio de todos para denunciar este absurdo.
Abraços fraternos.

Prof° Ms° Barbara Cristina Mota Johas,(Professora de sociologia do Estado de São Paulo).

 Peço que repassem essa denúncia ...

Essa situação não fica restrito ao Estado de São Paulo, no Paraná a situação é a mesma, é por isso que o PSS teve cancelamento, e ninguém do núcleo consegue passar informações concretas ...

7 de fevereiro de 2011

Professor é profissão e não bico !!


Escute a presidente, secretário!
Por Carmen Lozza
A ideia que subjaz ao conceito de choque de ordem que está sendo proposta para corrigir as mazelas da Educação no Rio de Janeiro, ao que me parece, traz em si uma visão que contraria as melhores possibilidades de ser oferecida a educação pública, democrática, de qualidade socialmente referenciada, laica e universal que é devida à população de nosso Estado.
Só o fato de serem agrupadas, sob este rótulo, as medidas a serem levadas a efeito para o setor educacional, já sugere que são concebidas com um caráter impactante, imediato, rápido, conflituoso, metódico, disciplinar, preceitual,..., que tragam “pronto restabelecimento” para o doente em estado tão grave, no caso, a educação escolar oferecida pela rede oficial estadual.
Depois do que vimos pela TV quando da tomada do Alemão, numa alegoria tresloucada, posso imaginar que talvez fosse assim o novo Choque: coloque-se o “salvador” Bope Educativo (inspetores, julgadores, avaliadores, controladores...) para invadir as escolas, à mostra, posturas de quem tem certezas já sabidas e culpados já encontrados a priori; e de lá sairão correndo, fugidos, os responsáveis pelo fracasso da ação educativa, os maus profissionais da educação. Porta afora, sairão ofegantes, atravessando a estrada mais próxima, a caminho de casa, entristecidos uns, revoltados outros, incrédulos outros tantos...
Nem o caminho do sindicato será buscado, pois, diferentemente de outros tempos, parece que não tem havido uma relação mais estreita entre os profissionais e suas entidades. E os responsáveis pelo choque da ordem poderão fincar, bem no hall de entrada, a bandeira de sua produção documental (novas portarias, propostas curriculares, exigências, editais,...), anunciarão a boa nova, que é chegado um novo tempo, de paz, de produtividade, de estímulo às melhores competências exigidas dos alunos pelo mercado, tempos de separar o joio do trigo, tempo de prêmios, de uma nova ordem, enfim.
Do meu ponto de vista, a Educação não necessita nem de choque nem de ordem, que dirá de choque de ordem! A Educação não pode ser vista como um bom negócio que se faz rapidamente, diante da sagacidade de quem tem habilidade para fazer crescer lucros e oportunidades. A Educação não precisa (muito pelo contrário!) de que seja estimulada a competição entre os profissionais da educação, como tem sido comum nos últimos tempos.
Mesmo estando em tempos de mais cuidar de meu jardim que de dar aulas, não posso deixar de pedir um favor à equipe da secretaria de educação do Estado: escutem a presidente. Assim, quem sabe, as coisas comecem a caminhar numa outra e boa direção. Sim, refiro-me ao discurso de Dilma (em quem nem votei no primeiro turno; estive com Marcelo Freixo e com quem estava com ele) no momento de sua posse no Congresso Nacional, quando afirmou que:
"só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens."
Imagino que essa, mais do que simplesmente uma ação, é uma premissa para o sucesso de qualquer política que transforme, verdadeiramente, a Educação: uma nova compreensão acerca do quanto o professor é a legítima autoridade capaz de fazer mudanças que perdurem e que, de fato, transformem, na essência, aquilo que precisa ser mudado. Políticas vindas de fora para dentro, políticas que neguem o professor, políticas que tentem secundarizá-lo, são inúteis. Dão no que aí está. E mudar para permanecer, não é o caso (Ou é?).
Imagino que reforçando o cotidiano da escola, deixando valer o poder dos profissionais em se influenciarem mutuamente, estabelecendo-se o trabalho coletivo na escola, com um sentido real para todos poderem repensar suas práticas, num processo de formação continuada em serviço, revendo-as em conjunto, é um começo.
O professor, com autoridade, terá poder de exercer influência, juntando o agir e o pensar num só sujeito, sem que uns valham mais que outros. E sem que haja necessidade de fuga. Que, aliás, pelo que pude saber, já tem havido muita, com grande número de desistências de mestres abandonando a carreira.
Carmen Lozza é professora aposentada da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense.
retirado do site: caros amigos